O uso de cigarro, álcool e outras drogas durante a gravidez aumenta o risco de complicações graves para mães e filhos. Mesmo assim, nem sempre a mulher consegue ficar longe dessas substâncias durante os nove meses. Um novo estudo acaba de apontar uma possível razão para isso: a depressão.

O trabalho foi realizado pela Western University, no Canadá, com dados de mais de 25 mil gestantes daquele país. Elas tinham idade média de 29 anos e foram questionadas sobre vários aspectos da vida e sobre a relação com os entorpecentes.

Daí veio a descoberta: a depressão foi o principal fator de risco para o abuso de substâncias químicas na gravidez. As participantes com o problema eram 2,6 vezes mais propensas a usar alguma substância psicotrópica e possuíam o dobro de chance de fumar cigarro e beber álcool.

No geral, 1,9% das entrevistadas reportaram tomar bebidas alcoólicas na gestação, enquanto 16,2% cederam ao tabaco e 2,3%, à maconha. No entanto, os pesquisadores alertam que esses números devem ser maiores, porque o consumo era relatado pelas próprias voluntárias. Já a depressão foi diagnosticada em 6% do grupo.

Depressão e Ansiedade:

Condições socioeconômicas e familiares também foram analisadas e parecem interferir na relação entre a gestante e as drogas. Ser jovem, mãe solteira, ter níveis baixos de escolaridade e ganhar pouco dinheiro elevaram o risco de usar substâncias nocivas à saúde. Porém, a associação entre depressão e ansiedade com essas substâncias psicoativas foi bem mais significativa, ressaltaram os cientistas do estudo.

A qualquer sinal de que algo não está bem e que está prejudicando a sua saúde emocional, não hesite em procurar um médico especialista. A depressão é uma doença e deve ser tratada como tal.

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